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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

DIA DAS BRUXAS...

















as bruxas...

Sempre fui meio avesso a essa festa importada, o Halloween. Tanta riqueza em nossa cultura tupiniquim, normalmente negligenciada, para que adotar outro paralelo de crenças e rituais?

Sinto como se preteríssemos o Saci, a Cuca, a Mula-sem-cabeça, o Curupira, até mesmo o Lobisomen, teste também presente em outros panteões míticos, de outras culturas.

O duro é que ninguém está isento. Hoje, pouco antes de chegar em casa, liguei para lá e ouvi, ao fundo, vozes infantis aos borbotões.

Certo de que não seria minha pequena, afinal falta um longo aprendizado para a tagarelice total, perguntei o motivo e fiquei sabendo que hordas de pequenos humanos batiam à porta.

Pediam doces, com ameaças de travessuras. Justo onde foram aportar... Numa casa muito doce, mas sem o açúcar refinado. Em breve provavelmente o cenário irá mudar, mas havia pouco doce para oferecer. Ainda bem que as travessuras eram só ameaça.

De repente, surpreendi-me com minha reação, preocupado em abastecer com alguma guloseima meu lar, apenas para poder oferecer às crianças. Apesar do meu costumeiro nariz torto a essas importações, a alegria e inocência dos pequenos visitantes me envolveu, antes mesmo sem eu estar presente.

Em meio a trapalhadas do caminho, não consegui "caçar" nenhum composto com altas doses de glicose. Felizmente, em uma escavação nos armários da cozinha, descobrimos uma mina de petiscos, oriundos da última festa. Doces bem brasileiros, como goiabinhas, bem-casados, mantecais, cocadas, pé-de-moleque, bananinhas, dentre outros, para dar um gosto brasileiro ao evento.

Embalamos em pacotinhos bem apresentados e coloridos e aguardamos o próximo ataque. Após as primeiras entregas, a notícia pareceu se espalhar, e a campanhia ganhou um ritmo mais frenético.

Até que foram poucas visitas, mas todas com rostinhos sorridentes e sacolas repletas de aromas. Pouco depois podíamos ouvi-los, no playground, lá pelo andar térreo, contabilizando e dividindo a pilhagem. Vozezinhas agudas em total euforia com a perspectiva de dias abastecidos. Bem, nem tantos assim, levadas em conta a vontade de consumir suas conquistas.

No final das contas, foram algumas horas divertidas, de convivência e apreciação. A felicidade infantil, por tão pequena conquista, é revigorante contribuição para um final de sexta-feira. Importada ou não, a soltura das bruxas ganhou significado maior do que qualquer regionalismo.























































































 
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