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sábado, 28 de setembro de 2013

Dislexia: definição, diagnóstico e tratamento.

Dislexia: definição, diagnóstico e tratamento.
 28/06/2013 por Ana Leite
 http://www.reab.me/2013/06/dislexia-definicao-diagnostico-e-tratamento/
A dislexia é hereditária e atinge até 17% da população mundial. Muitas vezes é a pessoa com dislexia é taxada de preguiçosa, o que não é verdade, entenda de forma simples do que se trata, como é o diagnóstico e o tratamento dessa condição. Dislexia pode gerar muito sofrimento pela dificuldade básica de: juntar letras para formar sílabas e juntar sílabas para formar palavras, comprometendo a escrita e a leitura, gerando a incapacidade parcial de entender o que se leu. Esta “incapacidade parcial” não tem relação com a inteligência, nem tão pouco com os aspectos culturais. Dar som às letras é muito difícil, compreender o que elas significam torna-se um verdadeiro desafio. Essa dificuldade de compreensão da linguagem é reflexo de alterações neurológicas. Na hora de ler e escrever ativam-se a área de identificação das letras, a área que dá “significado” e uma outra que processa todas as informações. Falando assim, se percebe de cara o quanto é complexo neurologicamente ler e escrever (olha que ainda nem falamos dos aspectos motores da escrita, que também envolvem outras áreas cerebrais). Perceba o quanto o caminho é de atividades tão simples como ler e escrever, independente de como ele funcione, é longo e complexo. O “problema” da dislexia está na as áreas do significado e do processamento que não funcionam tão bem quanto deveriam, fazendo com que a área de identificação tenha que trabalhar mais e fique sobrecarregada, exigindo até que o hemisfério direito seja também requerido. Essa ativação do lado direito nos deu e dá gênios e artistas disléxicos incríveis, sabia? Da Vinci, Michelangelo, Van Gogh…. eram disléxicos!!! Tom Cruise, Robin Williams e Woop Golber… são disléxicos!! Ou seja, a dislexia não impede a inteligência e criatividade!! E agora vc deve estar imaginando… e como os atores decoram suas falas já que precisam ler? Bem, eles usam a estratégia de ler para um gravador, escutar e pronto, memorizam!! Assim como os atores usam estratégias, esses outros grandes personagem históricos também precisaram adotar estratégias. Mas só com estratégias se resolve o problema? Não… A dislexia precisa ser tratada!!! Fonoaudiólogos e psicopedagogos podem ajudar muito e as pessoas com dislexia podem ter uma vida normal. O diagnóstico da dislexia é dado pela equipe interdisciplinar de reabilitação e precisa de um parecer do Neurologista. Também a avaliação e a observação do professor.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

NÍVEIS DE ESCRITA

PRÉ-SILÁBICA *Grafismo Primitivo Predomínio de rabiscos e pseudo-letras. A utilização de grafias convencionais é um intento para a criança. Desenvolvem procedimentos para diferenciar escritas. (garatujas) *Escrita sem controle de quantidade A criança escreve ocupando toda a largura da folha ou do espaço destinado a escrita. A R M S MO H A O R U I L N M (brigadeiro) A M T O X A M H N TS K H U I (pipoca) M H O T I P E R T C L P M N B O (suco) A T R O C D G P E S IP U T D F F (bis) *Escrita Unigráfica A criança utiliza somente uma letra para representar a palavra. A (brigadeiro) L (pipoca) F (suco) C (bis) *Escrita Fixa A mesma série de letras numa mesma ordem serve para diferenciar nomes. Predomínio de grafias convencionais. A L N I (brigadeiro) A L N I (pipoca) A L N I (suco) A L N I (bis) *Quantidade variável: Repertório Fixo/Parcial Algumas letras aparecem na mesma ordem e lugar, outras letras de forma diferente. Varia a quantidade de letras para cada palavra. S A M T (brigadeiro) A M T (pipoca) A M T S A (suco) S A T (bis) *Quantidade constante: Repertório variável Quantidade constante para todas as escritas. Porém, usa-se o recurso da diferenciação qualitativa: as letras mudam ou muda a ordem das letras. HRUM (brigadeiro) ASGK (pipoca) ONBJ (suco) CFTV (bis) *Quantidade variável: Repertório variado Expressam máxima diferenciação controlada para diferenciar uma escrita de outra. R A M Q N (brigadeiro) A B E A M F (pipoca) G E P F A (suco) O S D L (bis) *Quantidade e repertório variáveis: Presença de valor sonoro início e/ou fim Variedade na quantidade e no repertório de letras. A criança preocupa-se em utilizar letras que correspondem ao som inicial e/ou final. I M S A B R O (brigadeiro) I B R N S A (pipoca) U R M T O (suco) I N B O X I X (bis) SILÁBICA *Sem valor sonoro: A criança escreve uma letra para representar a sílaba sem se preocupar com o valor sonoro correspondente: R O M T (brigadeiro) B U D (pipoca) A S (suco) R (bis) *Iniciando uma correspondência sonora: A criança escreve uma letra para cada sílaba e começa a utilizar letras que correspondem ao som da sílaba. I T M O (brigadeiro) P Q A (pipoca) R O (suco) G I (bis) *Com valor sonoro: A criança escreve uma letra para cada sílaba, utilizando letras que correspondem ao som da sílaba; às vezes usa só vogais e outras vezes consoantes e vogais. I A E O – B H D O (brigadeiro) I O A – P O K (pipoca) U O – S C (suco) I S – B I (bis) *Silábico em conflito ou hipótese falsa necessária: Momento de conflito cognitivo relacionado à quantidade mínima de letras (BIS/ISIS) e a contradição entre a interpretação silábica e as escritas alfabéticas que têm sempre mais letras. Acrescenta letras e dá a impressão que regrediu para o pré- silábico. B H D U L E (brigadeiro) I O K E C (pipoca) U O K U (suco) I S I S (bis) SILÁBICA - ALFABÉTICA A criança, ora escreve uma letra para representar a sílaba, ora escreve a sílaba completa. Dificuldade é mais visível nas sílabas complexas. B I H D R O (brigadeiro) P I P O K (pipoca) S U K O (suco) B I Z (bis) ALFABÉTICA A criança já compreende o sistema de escrita faltando apenas apropriar-se das convenções ortográficas; principalmente nas sílabas complexas.. BRIGADEIRO PIPOCA SUCO BIS Essas informações são parâmetros que ajudam a compreender as hipóteses das crianças sobre o sistema de escrita e assim poder planejar e intervir intencionalmente para que avancem. As crianças são complexas e muitas vezes não se encaixam nas “gavetinhas”, é preciso investigar, usando diferentes estratégias para conhecê-las. CRÉDITOS: Fonte: equipe pedagógica da Escola Municipal Professora Maria Alice Pasquarelli, em São José dos Campos (SP)
 
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