QUERIDOS SEGUIDORES

quarta-feira, 2 de março de 2011

APRENDIZAGEM LENTA...DIAGNOSTICO???



A Criança de Aprendizagem Lenta
O que o professor precisa saber?
Como diagnosticar?
Como intervir?

As causas do não aprender podem ser diversas, é necessário reconhecer que não é tarefa fácil para os educadores compreenderem as causas desse “não aprender.
Muitas vezes as crianças de aprendizagem lenta são rotuladas como alunos sem solução e vítimas de uma desigualdade social.
São inúmeros os problemas que encontramos durante o processo escolar. Em alguns momentos,alguns são próprios da faixa etária, outras, no entanto, nos mostram que uma ou várias habilidades não foram adquiridas adequadamente e que podem estar afetando o aprendizado, outras são originárias de lesões cerebrais.
Assim teríamos:
Distúrbio/Transtorno: Um problema de origem neurológica ou genética. Anormalidade patológica por auteração violenta na ordem natural”. De acordo com a Classificação Internacional de Doenças-10, elaborado pela Organização Mundial de Saúde usado para indicar a existência de um conjunto de sintomas oucomportamentos clinicamente reconhecível associado, na maioria dos casos, a sofrimento e interferência com funções pessoais.
Dificuldades: Um problema de origem cognitiva, psicopedagógica. Baixo rendimento escolar em decorrência defatores isolados. Participariam dessa conceituação atrasos no desempenho escolar por falta de interesse,inadequação metodológica, situação sócio-cultural.
Problema: De origem emocional. Baixo-conceito de si próprio, não buscam o sucesso, minimizam o valor do
esforço e tendem a ser pessimistas no resultado escolar, falta de acompanhamento escolar, falta de interação social.
Acompanhar e avaliar o procedimento do educando resgatando as dificuldades em aprender, é oprimeiro passo em buscar condições favoráveis ao educando para minimizar o alto índice do fracasso escolar.
Diante dessa problemática, sentimos a necessidade de irmos em busca de subsídios que possam nos auxiliar e enriquecer nosso trabalho e, assim, abrirmos caminhos para uma educação melhor.
Precisamos assim identificar a causa da dificuldade, combater e tratar.
A aprendizagem escolar precisa ser um processo natural e prazeroso e se a criança não sentir isso é porque existe algo errado.
Quando não compreendemos o insucesso escolar das crianças, atribuímos valores morais e sociais sem perceber que isso provoca sofrimento.
Precisamos mostrar para estas crianças que suas dificuldades têm nome, tem uma razão e uma solução. Não deveríamos culpar a criança em suas dificuldades, mas sim proporcionar condições para suas realizações.
São muitas crianças com dificuldades na aprendizagem que apresentam problemas de
comportamento como: hiperatividade, falta de interesse, dificuldades em seguir instruções, imaturidade social,dificuldades em conversar, inflexibilidade, falta de organização, distração, falta de coordenação, impulsividade...
Quando estas dificuldades não são entendidas, pais e professores se convencem de que a criança não presta atenção e que não quer cooperar. Muitos são os casos de estudantes que se sentem frustrados edesistem de aprender. Questionam a inteligência, ficam furiosos, tornam-se ansiosos e deprimidos, geralmente
ficam isolados socialmente e tem auto - estima baixa.
Muitos pais tentam superar estes problemas, pois os filhos se mostram inteligentes, mas se deparam com obstáculos na escola. Vários são curiosos e sentem vontade de aprender, mas são inquietos e não prestam atenção, o que torna difícil uma explicação.Uma criança que se vê de forma negativa, não tem confiança em si e se sente incapaz de enfrentar situações novas, mesmo antes de começar uma tarefa, muitas vezes já desanima, achando que será mal sucedida.
O papel do professor e dos pais é muito importante, suas atitudes ajudam a construir as crianças ou construir imagens positivas ou negativas de si mesmas, aumentando ou diminuindo sua motivação.
Os professores têm a obrigação e o dever de comunicar a coordenação da escola e esta aos pais, por escrito, através de um relatório, quais dificuldades de aprendizagem que a aparecem em sua sala de aula, esse relatório deve abranger aspectos globais das diversas áreas do conhecimento. Essa postura facilita o encaminhamento da criança a um especialista que, ao tratar do insucesso escolar, tem condições de orientar o professor a lidar com o aluno.
Atitudes do Professor: Para auxiliar um aluno que vem apresentando alguma dificuldade, o professor deve:
! Aceitá-lo como ele é; Encorajá-lo sem ser muito crítico; Apresentar sugestões positivas;
! Incentivar o companheirismo e a aceitação do aluno pela classe; Dar-lhe segurança;
! Procurar descobrir suas aptidões; Não fazer comparações, pois cada aluno tem um ritmo próprio de amadurecimento e suas descobertas são individuais.
Família e escola são pontos de apoio e sustentação ao ser humano; são marcos de referência existencial. Quanto melhor for a parceria entre ambas, mais positivos e significativos serão os resultados na
formação do sujeito.
No processo de Alfabetização.........
Nesse processo, a criança que apresenta dificuldades na linguagem oral pode ter problemas para relacionar-se ou integrar-se em seu grupo. Se não conseguem entendê-la, normalmente será alvo de gozações ou de exclusão o grupo, que provavelmente repercutirá no seu rendimento escolar global. Em alguns casos, se a criança apresentar alteração na fala (trocas, omissões ou distorções) estas poderão se refletir em sua escrita espontânea.
Quando devemos nos preocupar? Quando comparada a outras de sua faixa etária chama atenção nos seguintes itens:
Com relação à linguagem oral
- Não apresenta intenção para se comunicar;
- Não respeita ou não percebe situações de diálogo, ou recusa-se a participar de situações que há necessidade de expressar-se como: rodas de conversa, dramatizações, leituras em voz alta etc.
- Utiliza uma ou duas palavras em vez de construir frases ou quando se expressa com frases estas são simples, com vocabulário pobre e erros de concordância que já não deveriam acontecer na sua idade ou constrói frases confusas com grande número de palavras para expressar uma idéia.
- Repete as palavras do adulto como eco ou recorre aos gestos indicativos com o dedo, olhar ou expressões de rosto;
- Usa palavras reduzidas ou onomatopéias, como por exemplo: au-au para mostrar qualquer animal
- Omite, acrescenta ou altera a pronúncia de alguns sons das letras por exemplo: chocolate- socolate; gato cato,
pipoca - poca...
-Apresenta hesitação na fala;
- Sua voz é rouca ou nasalizada, ou com alterações na entonação ou ritmo;
- Denota alterações relacionados aos órgãos articulatórios: lábios, língua, dentes, céu da boca, bochechas que dificultam a articulação de algumas sílabas, ou que refletem na alimentação, recusando comer alimentos sólidos ou necessitando ingerir líquidos durante a alimentação;
- Apresentam respiração bucal, que muitas vezes interferem no próprio comportamento da criança. Respiração
bucal leva a criança a hiperatividade e a dispersão que são notados mais frequentemente na sala de aula.
Com relação a escrita:
A maioria das crianças conseguem ser alfabetizadas dentro dos prazos previstos, o que não significa que seja um processo simples.
- Não reconhece as letras
- Apresentam resistência a leitura, à escrita, ou a ambas
- Lentidão para reproduzir graficamente as letras aprendidas; ou reproduz em espelho.
- Tem resistência a leitura, à escrita, ou a ambas
- Lentidão para reproduzir graficamente as letras aprendidas ou reproduz em espelho;
- Troca algumas letras : p/b; f/v; g/q; d/t; ch/j; b/d; p/q
- Caligrafia é incompreensível ou apresenta tensão muscular exagerada que faz a criança se queixar de dores na mão, braços e ombros;
- Quando lê ou escreve, omite, troca, distorce, junta ou separa letras ou palavras;
- Diante das situações de leitura/escrita apresenta reações como sono, dor de cabeça ou de barriga, dispersão etc.
- Dificuldade em reproduzir texto já lido ou de redigir (apresentando dificuldades na organização das idéias,
seqüência lógica etc ).
Com relação a Problemas Visuais Perceptuais:
• Dificuldade de distinção de vários formatos e tamanhos;
• Dificuldade de colorir, escrever e recortar;
• Falta de estabilidade no uso das mãos; trocando a direita e a esquerda muitas vezes para realizar uma tarefa;
• Letras e palavras ao contrário.

Docente Esp.)Juliane Feldmann
Pedagoga/Psicopedagoga Clínica
E-mail: psicojuliane@terra.com.br

0 comentários:

Enviar um comentário

 
^