Distúrbios de Atenção, Hiperatividade e Memória
Telma Pantâno
Fonoaudióloga e Psicopedagoga, Especialista em Linguagem, Mestre e Doutora em Ciências pela FMUSP
Aprendizagem
Necessariamente envolve:
compreender,
assimilar (memória),
perceber relações entre,
atribuir significado
Observação através do desempenho – Não necessariamente envolve consciência.
Porém a aprendizagem
Processo
Resultado de:
Sensação
Percepção
Atenção
Memórias
Linguagem aprendizagem funções executivas
Alterações de Aprendizagem
Dificuldades de aprendizagem: origem pedagógica
Distúrbios de aprendizagem:
Primários: disfunção do SNC, “falha” no processo de aquisição do desenvolvimento – caráter funcional
Distúrbios específicos de aprendizagem: dislexia, discalculia, disortografia
Secundários: decorrentes ou em co-morbidades com patologias neurológicas ou psiquiátricas
Aprendizagem: processo individual
Atenção
Capacidade de filtrar informações em diferentes pontos do processo perceptivo.
percepção de alguns estímulos e a negligência de outros estímulos.
Atenção
Mecanismo que escolhe os estímulos relevantes para serem processados.
Baseada na experiência de vida de cada pessoa – estimulações diferentes de acordo com o ambiente social, cultural, ...
O que faz a atenção?
Faz com que o estímulo mais relevante do momento seja processado de modo mais intenso pelo sistema nervoso enquanto os demais estímulos são processados de modo atenuado ou não são processados.
Afinal...
O que faz com que possamos escolher qual o estímulo mais relevante?
Características
Possibilidade de exercer um controle voluntário da atenção
Inabilidade em atender diversos estímulos ao mesmo tempo – caráter seletivo e focalização
Capacidade limitada
Relações
Com o processamento preferencial de determinadas informações sensoriais
(Bear et al, 2002)
Prestar atenção – aumenta sensibilidade perceptual para a discriminação do alvo além de reduzir a interferência causada por estímulos distratores
(Pessoa et al, 2003)
Classificação
De acordo com a maneira como é operacionalizada
Seletiva
Sustentada
Alternada
Dividida
Tipos de atenção
- Seletiva: Privilegiar determinados estímulos em detrimento de outros – mecanismo atencional básico
- Sustentada: manter a atenção em um estímulo durante um determinado tempo.
- Alternada: Alternar o foco atencional – desengajar de um estínulo e engajar em outro
- Dividida: Desempenho simultâneo de duas tarefas – um estímulo torna-se um processamento automático e o outro controlado.
Focos atencionais
Estímulos sensoriais
Memórias
Pensamentos
Recordações
Execução de cálculos mentais
Classificação
Com relação a origem do processo atencional
Automática
Voluntária ou controlada
Dalgalarrondo, 2000
Atenção automática
Sem o controle voluntário
Estímulos salientes sensorialmente ou relevantes biologicamente
Súbitos
Intensos
Movimento
Contrastantes com o fundo: parede X animal
Significativos em um dado contexto: nome X festa
Atenção voluntária
Motivações fisiológicas: dor de barriga, fome, sede
Motivações sociais: sugestões verbais; procura na internet
Qual o momento em que os estímulos são selecionados?
Seleção inicial: estímulos não seriam analisados completamente para serem selecionados
Seleção tardia: estímulos recebem uma análise prévia de características e significados e então são selecionados
(Gazzaniga et al, 2000)
Teoria do filtro
Capacidade limitada de atenção
Sistema atencional = “filtro” que se abre para as informações a serem atendidas e se fecha para as demais
Estímulos não atendidos rejeitados nos estágios iniciais do processamento de informações
(Broadbent, 1998)
Porém...
Sabe-se que uma parte das informações são processadas de forma não consciente.
Análise dos estímulos não relevantes é atenuada ou reduzida – mecanismo para reduzir a interferência que os estímulos relevantes produzem.
(Treismann, 2000)
Mecanismos atencionais
Atuação dinâmica – seleção de estímulos pelas diferentes vias sensoriais e organização dos processos mentais
Mecanismos e subdivisões da atenção
Valor adaptativo da atenção
Discriminação de estímulos
Aumento e refino do processamento
Direcionamento de recursos
Fatores que influenciam a atenção
Contexto em que está inserido
Características dos estímulos
Expectativa
Motivação
Relevância da tarefa desempenhada
Estado motivacional
Experiências anteriores
(davidoff, 1983; Cortese et al, 1999)
Atenção envolve:
Sensibilização dos órgão gerais
Estabelecimento e manutenção do tônus cortical
Focalização sobre determinados processos mentais e neurobiológicos
Lent, 2002
Pré-requisitos
Mecanismo ascendente: Tipo de alerta – vigília plena
Mantém o sistema apto a oferecer os candidatos à atenção
Mecanismo cortical: seleciona como foco móvel sobre os estímulos – Interesse; memória
Selecionar os estímulos
Pode ocorrer em diferentes modalidades sensoriais
Visual: escolha de um estímulo
Auditiva: relação estímulo X ruído
Bases neurais da atenção
1. Necessidade de estado de alerta e vigília (tônus cortical) para a percepção dos estímulos que chegam pelos órgãos sensoriais
Formação reticular – subsídio para o processo atencional; mediadora entre o mundo externo e as funções corticais
Manutenção do estado de alerta
Sistema reticular
Dois componentes principais:
Mesencefálico: substância reticular e protuberância superior
Estimulação produz flluxo difuso que promove a ativação cerebral
Talâmico
Ativação de regiões específicas do córtex
Posteriormente
Modalidade Visual da atenção
Ocorre em três momentos:
Desengajamento de foco (lobo parietal posterios – principalmente HD)
Mudança de foco atencional para a localização do estímulo (colículo superior)
Localização do alvo e engajamento (tálamo – principalmente núcleo pulvinar)
Controle executivo do processo atencional
Detecção da relevância de um estímulo
Inibição das interferências de outros estímulos concorrentes
Lobo frontal: giro cingulado anterior
(Gazzaniga, 2000; Lent, 2002; Sarter et al, 2001)
Atenção seletiva
Dependentes da modalidade sensorial a ser processada
Estímulos visuais:
Áreas de associação visual parietal e pré-frontais
Estímulos auditivos:
Córtex auditivo, parietal inferior, cingulado anterior e pré-frontal
(Kawashima et al, 1999)
Avaliação da atenção
Ressonância magnética funcional: verificar estruturas cerebrais envolvidas nos diferentes tipos de informação sensorial.
Medida de atenção não pode ser obtida em situação que compreenda a aquisição de uma habilidade – resposta simples.
Testes atencionais
Prejuízo na atenção
Fatores emocionais primários
TDAH
Transtornos de ansiedade generalizada
Memória
Definição
“Atividade eletrofisiológica”
Função: Permitir o registro, manutenção e evocação dos fatos já acontecidos
Fases
Percepção, registro e evocação
Retenção e conservação
Reprodução e evocação
Estruturas anátomo-funcionais
Estruturas límbicas: hipocampo e corpos mamilares
Consolidação dos registros
Transferência da memória operacional para a de longo prazo
Córtex: Registros bem consolidados (fronto-têmporo-parieto-occipitais)
Fisiologicamente
Memória operacional: mecanismos bioqüímicos
Memória a longo-prazo: reorganização neuronal e “brotamento” neuronal
Gordon, 2004
Processo de fixação depende
Nível de consciência
Estado geral do organismo (nutrição, cansaço, calma)
Atenção global e capacidade de manutenção da atenção concentrada
Sensopercepção preservado
Fixação
Interesse e conteúdo emocional relacionado ao conteúdo
Conhecimento prévio
Capacidade de compreensão do conteúdo
Canais senso-perceptivos envolvidos
Conservação depende:
Repetição
Associação com outros elementos
Esquecimento
Fisiológico: desinteresse ou desuso
Lesões
Quadros demenciais
Quadros emocionais
Esquecimento pós-lesão
Ainda considera-se de acordo com a “lei de Ribbot” (1882)
Elementos recentes
Elementos complexos
Mais estranhos e menos habituais
Memória
Operacional
Longo-prazo
Explícita: semântica, episódica, auto-biográfica
Implícita: priming, atividades motoras
Memória Operacional
Conjunto de habilidades cognitivas que permitem a informações novas e antigas serem mantidas ativas (on-line) a fim de serem manipuladas com o objetivo de realizar determinada tarefa
Material deve ser utilizado imediatamente
Utilizações
Linguagem
produção
compreensão
Aprendizagem
Funções executivas
Raciocínio
Córtex pré-frontal
Atividades Memória Operacional
Spam
Visuo-espacial: leitura, imagens
Alça fonológica: sons, palavras – auditivo
Retentor episódico: textos curtos
Memória Implícita
Memória automática ou reflexa cujo processamento não depende de fatores conscientes e voluntários
Memorização de forma lenta e através de múltiplas repetições e tentativas
Utilizações
Habilidades motoras
Habilidades perceptivas (soluções de labirintos, quebra-cabeças)
Aprendizado de regras (gramaticais, conjugação verbal em língua estrangeira)
Procedimentos
Localização
Relacionado com o sistema sensorial e/ou motor envolvido no processo de aprendizado
Memória não declarante mais relacionada com habilidades e estratégias motoras
Pouco prejuízo em quadros de demência
Maior prejuízo em quadros degenerativos (doença de Huntington)
Dalgalarrondo, 2000
Atividades – Mem. Implícita
Como você amarra seus sapatos?
Como você abotoa uma blusa?
Como você dirige um carro?
Provas que envolvam regras gramaticais
Memória Explícita
Processo de registrar e evocar de forma consciente informações relacionadas a pessoas, eventos e conhecimentos factuais
Depende de regiões das regiões mesiais dos lobos parietais
Processos patológicos
Síndrome de Wernicke-Korsakoff e lesões no lobo temporal que envolvam o hipocampo
Perda da capacidade de fixar e lembrar eventos ocorridos há mais de alguns minutos incluindo eventos marcantes e traumáticos (Dalgalarrondo, 2000)
Semântica
Aprendizado de palavras e seu significado
Registro e retenção de conteúdos em função do significado que têm
Conhecimentos de fatos, objetos, operações matemáticas, palavras e seus usos
Semântica
Compartilhada socialmente, reaprendida constantemente e não tem relações temporais
Significados como “jantar”, “São Paulo”, “férias”
Regiões: infero-temporais, posteriores e mediais do lobo temporal esquerdo
Atividades – Mem. Explícita
Como você faz para telefonar pra sua casa?
Como você faz para ir para a escola?
Como você prepara um sanduiche?
O que significa a palavra ......?
Quais as letras da palavra....
Episódica
Recordação de eventos (seqüências) com significação correlata.
Relatos de forma descritiva
Regiões: córtex pré-frontal, estruturas mesotemporais
Grande prejuízo na síndrome de Wernicke-Korsakoff
Autobiográfica
Relatos de experiências pessoais relatos em forma de narrativa
Não necessariamente envolvem relatos emocionais
Regiões relacionadas a memória episódica com especial predominância do lobo pré-frontal (Foster, 2003).
Sensações X memórias
Memorizamos somente:
Lemos – 10%
Lemos + ouvimos – 20%
Vemos – 30%
Vemos + ouvimos – 50%
Ouvimos e discutimos – 70%
Ouvimos e fazemos – 90%
Memória X Uso
350 pessoas com idades entre 20 e 80 anos sem queixas formais de memória
“lapsos”
Perda de memória inicia-se aos 20 anos
Declínio dos 70-80 anos é o mesmo do que daqueles dos 20-30 anos
Motivos
Avalanche de informações do mundo moderno – assimilação superficial com pouca retenção
Concentração primeira etapa para a fixação
Stress, ansiedade e depressão – excesso de cortizol impede “atrofia” do hipocampo
Drogas, álcool, maconha e calmantes
Cuidados
Prestar atenção às informações que pretende registrar
Dormir bem
Atividades que envolvam concentração e raciocínio
Organização e rotina diárias
Exercícios físicos e técnicas de relaxamento – red. Stress
Agenda
Alterações relacionadas a memória
Hipermnésia: recordação em quantidade aumentada, porém redução dos aspectos qualitativos
Amnésia: perda da capcidade de fixar, manter ou evocar conteúdos
Psicogênica ou Orgânica
Anterógrada ou Retrógrada
Alterações Qualitativas
Memórias enxertadas: acréscimo de informações falsas a um núcleo verdadeiro – caráter fictício
Delírios e alucinações mnêmicas
Fabulações: elementos da imaginação do paciente ou lembranças isoladas completam lacunas da memória: encefalites, intoxicações, alcoolismo crônicas
Patologias - memória
Criptomnésia: falseamento da memória. Lembrança aparece como novas recordações
Lembrança obsessiva
Agnosias, falsos reconhecimentos
Demências: Alzheimer
TCEs, AVCs
Condições epilépticas
Hipóxia e infecções no cérebro
Aprendizagem
Bastante relacionada com a memória
Aprender é o ato de formar novas memórias (postura da neurociência)
TDAH
TDAH
Transtorno do desenvolvimento
Desenvolvimento X Aprendizagem
Desenvolvimento do quê?
Atenção
Controle de impulsos
Nível de atividade
Assim...
Como é um transtorno do desenvolvimento...
Não depende da vontade da criança
Não é um estado temporário
Não é causado por indisciplina ou controle parental
Epidemiologia
De uma forma geral
6 a 8% das crianças (Rohde e Mattos, 2003)
1,7 meninos para 1 menina
Meninas subdiagnosticadas? Menos impulsivas e hiperativas
TDA/H
Diferente de ter energia demais ou ser malcriada – patologia.
Problemas psicológicos, educacionais, sociais e até criminais decorrentes
Ignoram as regras sociais – transtorno para os pais e familiares.
Diagnóstico
Não há sinais exteriores
Relacionado a maturação e ao funcionamento neurológico
Assim como outros transtornos não há exames médicos para a detecção (deficiência mental, autismo, transtornos de linguagem e psicomotricidade,...)
Avaliação observacional – profissional com experiência clínica
Testes neurocognitivos específicos
Características
Muda de atividade com muita freqüência
Parece não ouvir
Sonha acordado
Não termina as tarefas que começa
Distrai-se com facilidade
Não trabalha sem supervisão
Causas
Múltiplas causas
Alterações químicas cerebrais
Baixa atividade elétrica/cerebral de áreas específicas (lobo frontal)
Componente familiar (Biederman et al, 1990)
Biederman: maior peso da genética do que de fatores ambientais
Tipos
TDA
TDH
TDAH
Desatento
Impulsivo
Hiperativo
Telma Pantâno
Fonoaudióloga e Psicopedagoga, Especialista em Linguagem, Mestre e Doutora em Ciências pela FMUSP
Aprendizagem
Necessariamente envolve:
compreender,
assimilar (memória),
perceber relações entre,
atribuir significado
Observação através do desempenho – Não necessariamente envolve consciência.
Porém a aprendizagem
Processo
Resultado de:
Sensação
Percepção
Atenção
Memórias
Linguagem aprendizagem funções executivas
Alterações de Aprendizagem
Dificuldades de aprendizagem: origem pedagógica
Distúrbios de aprendizagem:
Primários: disfunção do SNC, “falha” no processo de aquisição do desenvolvimento – caráter funcional
Distúrbios específicos de aprendizagem: dislexia, discalculia, disortografia
Secundários: decorrentes ou em co-morbidades com patologias neurológicas ou psiquiátricas
Aprendizagem: processo individual
Atenção
Capacidade de filtrar informações em diferentes pontos do processo perceptivo.
percepção de alguns estímulos e a negligência de outros estímulos.
Atenção
Mecanismo que escolhe os estímulos relevantes para serem processados.
Baseada na experiência de vida de cada pessoa – estimulações diferentes de acordo com o ambiente social, cultural, ...
O que faz a atenção?
Faz com que o estímulo mais relevante do momento seja processado de modo mais intenso pelo sistema nervoso enquanto os demais estímulos são processados de modo atenuado ou não são processados.
Afinal...
O que faz com que possamos escolher qual o estímulo mais relevante?
Características
Possibilidade de exercer um controle voluntário da atenção
Inabilidade em atender diversos estímulos ao mesmo tempo – caráter seletivo e focalização
Capacidade limitada
Relações
Com o processamento preferencial de determinadas informações sensoriais
(Bear et al, 2002)
Prestar atenção – aumenta sensibilidade perceptual para a discriminação do alvo além de reduzir a interferência causada por estímulos distratores
(Pessoa et al, 2003)
Classificação
De acordo com a maneira como é operacionalizada
Seletiva
Sustentada
Alternada
Dividida
Tipos de atenção
- Seletiva: Privilegiar determinados estímulos em detrimento de outros – mecanismo atencional básico
- Sustentada: manter a atenção em um estímulo durante um determinado tempo.
- Alternada: Alternar o foco atencional – desengajar de um estínulo e engajar em outro
- Dividida: Desempenho simultâneo de duas tarefas – um estímulo torna-se um processamento automático e o outro controlado.
Focos atencionais
Estímulos sensoriais
Memórias
Pensamentos
Recordações
Execução de cálculos mentais
Classificação
Com relação a origem do processo atencional
Automática
Voluntária ou controlada
Dalgalarrondo, 2000
Atenção automática
Sem o controle voluntário
Estímulos salientes sensorialmente ou relevantes biologicamente
Súbitos
Intensos
Movimento
Contrastantes com o fundo: parede X animal
Significativos em um dado contexto: nome X festa
Atenção voluntária
Motivações fisiológicas: dor de barriga, fome, sede
Motivações sociais: sugestões verbais; procura na internet
Qual o momento em que os estímulos são selecionados?
Seleção inicial: estímulos não seriam analisados completamente para serem selecionados
Seleção tardia: estímulos recebem uma análise prévia de características e significados e então são selecionados
(Gazzaniga et al, 2000)
Teoria do filtro
Capacidade limitada de atenção
Sistema atencional = “filtro” que se abre para as informações a serem atendidas e se fecha para as demais
Estímulos não atendidos rejeitados nos estágios iniciais do processamento de informações
(Broadbent, 1998)
Porém...
Sabe-se que uma parte das informações são processadas de forma não consciente.
Análise dos estímulos não relevantes é atenuada ou reduzida – mecanismo para reduzir a interferência que os estímulos relevantes produzem.
(Treismann, 2000)
Mecanismos atencionais
Atuação dinâmica – seleção de estímulos pelas diferentes vias sensoriais e organização dos processos mentais
Mecanismos e subdivisões da atenção
Valor adaptativo da atenção
Discriminação de estímulos
Aumento e refino do processamento
Direcionamento de recursos
Fatores que influenciam a atenção
Contexto em que está inserido
Características dos estímulos
Expectativa
Motivação
Relevância da tarefa desempenhada
Estado motivacional
Experiências anteriores
(davidoff, 1983; Cortese et al, 1999)
Atenção envolve:
Sensibilização dos órgão gerais
Estabelecimento e manutenção do tônus cortical
Focalização sobre determinados processos mentais e neurobiológicos
Lent, 2002
Pré-requisitos
Mecanismo ascendente: Tipo de alerta – vigília plena
Mantém o sistema apto a oferecer os candidatos à atenção
Mecanismo cortical: seleciona como foco móvel sobre os estímulos – Interesse; memória
Selecionar os estímulos
Pode ocorrer em diferentes modalidades sensoriais
Visual: escolha de um estímulo
Auditiva: relação estímulo X ruído
Bases neurais da atenção
1. Necessidade de estado de alerta e vigília (tônus cortical) para a percepção dos estímulos que chegam pelos órgãos sensoriais
Formação reticular – subsídio para o processo atencional; mediadora entre o mundo externo e as funções corticais
Manutenção do estado de alerta
Sistema reticular
Dois componentes principais:
Mesencefálico: substância reticular e protuberância superior
Estimulação produz flluxo difuso que promove a ativação cerebral
Talâmico
Ativação de regiões específicas do córtex
Posteriormente
Modalidade Visual da atenção
Ocorre em três momentos:
Desengajamento de foco (lobo parietal posterios – principalmente HD)
Mudança de foco atencional para a localização do estímulo (colículo superior)
Localização do alvo e engajamento (tálamo – principalmente núcleo pulvinar)
Controle executivo do processo atencional
Detecção da relevância de um estímulo
Inibição das interferências de outros estímulos concorrentes
Lobo frontal: giro cingulado anterior
(Gazzaniga, 2000; Lent, 2002; Sarter et al, 2001)
Atenção seletiva
Dependentes da modalidade sensorial a ser processada
Estímulos visuais:
Áreas de associação visual parietal e pré-frontais
Estímulos auditivos:
Córtex auditivo, parietal inferior, cingulado anterior e pré-frontal
(Kawashima et al, 1999)
Avaliação da atenção
Ressonância magnética funcional: verificar estruturas cerebrais envolvidas nos diferentes tipos de informação sensorial.
Medida de atenção não pode ser obtida em situação que compreenda a aquisição de uma habilidade – resposta simples.
Testes atencionais
Prejuízo na atenção
Fatores emocionais primários
TDAH
Transtornos de ansiedade generalizada
Memória
Definição
“Atividade eletrofisiológica”
Função: Permitir o registro, manutenção e evocação dos fatos já acontecidos
Fases
Percepção, registro e evocação
Retenção e conservação
Reprodução e evocação
Estruturas anátomo-funcionais
Estruturas límbicas: hipocampo e corpos mamilares
Consolidação dos registros
Transferência da memória operacional para a de longo prazo
Córtex: Registros bem consolidados (fronto-têmporo-parieto-occipitais)
Fisiologicamente
Memória operacional: mecanismos bioqüímicos
Memória a longo-prazo: reorganização neuronal e “brotamento” neuronal
Gordon, 2004
Processo de fixação depende
Nível de consciência
Estado geral do organismo (nutrição, cansaço, calma)
Atenção global e capacidade de manutenção da atenção concentrada
Sensopercepção preservado
Fixação
Interesse e conteúdo emocional relacionado ao conteúdo
Conhecimento prévio
Capacidade de compreensão do conteúdo
Canais senso-perceptivos envolvidos
Conservação depende:
Repetição
Associação com outros elementos
Esquecimento
Fisiológico: desinteresse ou desuso
Lesões
Quadros demenciais
Quadros emocionais
Esquecimento pós-lesão
Ainda considera-se de acordo com a “lei de Ribbot” (1882)
Elementos recentes
Elementos complexos
Mais estranhos e menos habituais
Memória
Operacional
Longo-prazo
Explícita: semântica, episódica, auto-biográfica
Implícita: priming, atividades motoras
Memória Operacional
Conjunto de habilidades cognitivas que permitem a informações novas e antigas serem mantidas ativas (on-line) a fim de serem manipuladas com o objetivo de realizar determinada tarefa
Material deve ser utilizado imediatamente
Utilizações
Linguagem
produção
compreensão
Aprendizagem
Funções executivas
Raciocínio
Córtex pré-frontal
Atividades Memória Operacional
Spam
Visuo-espacial: leitura, imagens
Alça fonológica: sons, palavras – auditivo
Retentor episódico: textos curtos
Memória Implícita
Memória automática ou reflexa cujo processamento não depende de fatores conscientes e voluntários
Memorização de forma lenta e através de múltiplas repetições e tentativas
Utilizações
Habilidades motoras
Habilidades perceptivas (soluções de labirintos, quebra-cabeças)
Aprendizado de regras (gramaticais, conjugação verbal em língua estrangeira)
Procedimentos
Localização
Relacionado com o sistema sensorial e/ou motor envolvido no processo de aprendizado
Memória não declarante mais relacionada com habilidades e estratégias motoras
Pouco prejuízo em quadros de demência
Maior prejuízo em quadros degenerativos (doença de Huntington)
Dalgalarrondo, 2000
Atividades – Mem. Implícita
Como você amarra seus sapatos?
Como você abotoa uma blusa?
Como você dirige um carro?
Provas que envolvam regras gramaticais
Memória Explícita
Processo de registrar e evocar de forma consciente informações relacionadas a pessoas, eventos e conhecimentos factuais
Depende de regiões das regiões mesiais dos lobos parietais
Processos patológicos
Síndrome de Wernicke-Korsakoff e lesões no lobo temporal que envolvam o hipocampo
Perda da capacidade de fixar e lembrar eventos ocorridos há mais de alguns minutos incluindo eventos marcantes e traumáticos (Dalgalarrondo, 2000)
Semântica
Aprendizado de palavras e seu significado
Registro e retenção de conteúdos em função do significado que têm
Conhecimentos de fatos, objetos, operações matemáticas, palavras e seus usos
Semântica
Compartilhada socialmente, reaprendida constantemente e não tem relações temporais
Significados como “jantar”, “São Paulo”, “férias”
Regiões: infero-temporais, posteriores e mediais do lobo temporal esquerdo
Atividades – Mem. Explícita
Como você faz para telefonar pra sua casa?
Como você faz para ir para a escola?
Como você prepara um sanduiche?
O que significa a palavra ......?
Quais as letras da palavra....
Episódica
Recordação de eventos (seqüências) com significação correlata.
Relatos de forma descritiva
Regiões: córtex pré-frontal, estruturas mesotemporais
Grande prejuízo na síndrome de Wernicke-Korsakoff
Autobiográfica
Relatos de experiências pessoais relatos em forma de narrativa
Não necessariamente envolvem relatos emocionais
Regiões relacionadas a memória episódica com especial predominância do lobo pré-frontal (Foster, 2003).
Sensações X memórias
Memorizamos somente:
Lemos – 10%
Lemos + ouvimos – 20%
Vemos – 30%
Vemos + ouvimos – 50%
Ouvimos e discutimos – 70%
Ouvimos e fazemos – 90%
Memória X Uso
350 pessoas com idades entre 20 e 80 anos sem queixas formais de memória
“lapsos”
Perda de memória inicia-se aos 20 anos
Declínio dos 70-80 anos é o mesmo do que daqueles dos 20-30 anos
Motivos
Avalanche de informações do mundo moderno – assimilação superficial com pouca retenção
Concentração primeira etapa para a fixação
Stress, ansiedade e depressão – excesso de cortizol impede “atrofia” do hipocampo
Drogas, álcool, maconha e calmantes
Cuidados
Prestar atenção às informações que pretende registrar
Dormir bem
Atividades que envolvam concentração e raciocínio
Organização e rotina diárias
Exercícios físicos e técnicas de relaxamento – red. Stress
Agenda
Alterações relacionadas a memória
Hipermnésia: recordação em quantidade aumentada, porém redução dos aspectos qualitativos
Amnésia: perda da capcidade de fixar, manter ou evocar conteúdos
Psicogênica ou Orgânica
Anterógrada ou Retrógrada
Alterações Qualitativas
Memórias enxertadas: acréscimo de informações falsas a um núcleo verdadeiro – caráter fictício
Delírios e alucinações mnêmicas
Fabulações: elementos da imaginação do paciente ou lembranças isoladas completam lacunas da memória: encefalites, intoxicações, alcoolismo crônicas
Patologias - memória
Criptomnésia: falseamento da memória. Lembrança aparece como novas recordações
Lembrança obsessiva
Agnosias, falsos reconhecimentos
Demências: Alzheimer
TCEs, AVCs
Condições epilépticas
Hipóxia e infecções no cérebro
Aprendizagem
Bastante relacionada com a memória
Aprender é o ato de formar novas memórias (postura da neurociência)
TDAH
TDAH
Transtorno do desenvolvimento
Desenvolvimento X Aprendizagem
Desenvolvimento do quê?
Atenção
Controle de impulsos
Nível de atividade
Assim...
Como é um transtorno do desenvolvimento...
Não depende da vontade da criança
Não é um estado temporário
Não é causado por indisciplina ou controle parental
Epidemiologia
De uma forma geral
6 a 8% das crianças (Rohde e Mattos, 2003)
1,7 meninos para 1 menina
Meninas subdiagnosticadas? Menos impulsivas e hiperativas
TDA/H
Diferente de ter energia demais ou ser malcriada – patologia.
Problemas psicológicos, educacionais, sociais e até criminais decorrentes
Ignoram as regras sociais – transtorno para os pais e familiares.
Diagnóstico
Não há sinais exteriores
Relacionado a maturação e ao funcionamento neurológico
Assim como outros transtornos não há exames médicos para a detecção (deficiência mental, autismo, transtornos de linguagem e psicomotricidade,...)
Avaliação observacional – profissional com experiência clínica
Testes neurocognitivos específicos
Características
Muda de atividade com muita freqüência
Parece não ouvir
Sonha acordado
Não termina as tarefas que começa
Distrai-se com facilidade
Não trabalha sem supervisão
Causas
Múltiplas causas
Alterações químicas cerebrais
Baixa atividade elétrica/cerebral de áreas específicas (lobo frontal)
Componente familiar (Biederman et al, 1990)
Biederman: maior peso da genética do que de fatores ambientais
Tipos
TDA
TDH
TDAH
Desatento
Impulsivo
Hiperativo
0 comentários:
Enviar um comentário